terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rio+20 não está sendo levada a sério


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será realizada em junho, no Rio de Janeiro, quando são esperados pelo menos cem presidentes da República e primeiros-ministros, além de 50 mil pessoas credenciadas. No entanto, alguns parlamentares temem o fracasso da cúpula, pois, segundo eles, o foco da agenda internacional estará voltado para a crise econômica e às eleições em países como Estados Unidos e França, o que dificultaria a presença de líderes mundiais em um evento internacional voltado para a sustentabilidade.   
O presidente das duas subcomissões no Senado sobre a conferência, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ponderou que o governo está trabalhando bem nas instalações da Rio+20, mas não percebe um envolvimento no sentido de trazer os líderes estrangeiros para o Rio de Janeiro.
“Creio que o encontro caminha para ser um grande fracasso. Não está havendo interesse dos grandes países em enviar os grandes líderes mundiais. Estou em contato com muitas pessoas no exterior e percebo que a reunião não está sendo levada a sério”, destacou Buarque.
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), presidente da Subcomissão Especial Rio+20, ressaltou a provável ausência do presidente dos Estados Unidos na Rio+20. “O Barack Obama não vem. É ano eleitoral nos Estados Unidos e qualquer coisa que ele faça por aqui será utilizada pelos republicanos. E os líderes na Europa estão voltados para a crise”, projetou.
Sirkis explicou também que está em estudo a criação de atividades paralelas à conferência, com a presença de personalidades internacionais para dar uma “turbinada” na Rio+20. Entre as opções, está a proposta de um evento com a presença de Gilberto Gil, Sting e Bono Vox, entre outros artistas.
De acordo com o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), relator da subcomissão especial Rio+20 na Câmara, “a grande dúvida é se haverá a presença dos grandes líderes mundiais e isso depende de um trabalho pessoal da presidente Dilma”.
A presidente participará do Fórum Social Temático, nesta semana, no Rio Grande do Sul. No eventoSociedade Civil e Governos, marcado para quinta-feira (26), Dilma deve tratar de temas como a crise econômica, políticas públicas de combate à pobreza e diretrizes brasileiras para a Rio+20. Outra prioridade será a defesa da posição brasileira para à cúpula. O documento-base da conferência, divulgado no início de janeiro pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem sido alvo de críticas da sociedade civil pela suposta ausência de propostas efetivas para um padrão de crescimento mais sustentável.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Executiva do PDT Municipal trata sobre eleições 2012

Na próxima semana a executiva do PDT de Colombo, presidida por Pedro Cavalli estará reunida tendo como objetivo fortalecer o Partido com vistas às próximas eleições municipais, que acontecem neste ano. Entre as principais lideranças do partido tem-se a Rose Cavalli, vice-prefeita do município e que já tem se reunido com sua base e em contato direto nas redes sociais, debatendo sobre os problemas da população Colombense.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Curitiba: PT confirma apoio a Gustavo Fruet


O deputado federal André Vargas, do PT, não tem tido um minuto de descanso. Desde que assumiu a tarefa de articular as forças internas do partido em Curitiba para fazer prevalecer o apoio ao ex-tucano Gustavo Fruet, fez dezenas de reuniões, conversou com líderes de todas as estaturas e diou claro: o apoio a Fruet é desejo da direção nacional do PT.
Essa cruzada para apoiar Fruet, que foi deixado na incubadora do PDT, acaba com as pretensões dos candidatos a candidato a prefeito da linha autista do partido. Florisvaldo Rosinha e Tadeu Venri podem ensacar o violin e cantar em outro lugar.
Hoje (23), às 17 horas, nova reunião pró-Fruet. Será na rua Dr. Faivre, 763 com presidentes de zonais e lideranças. André Vargas, a pedido do presidente nacional do PT, Rui Falcão, vai coordenar a organização do PT do Paraná nas eleições do próximo ano.
(fonte Fabio Campana)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

No ar, memórias de Brizola


No próximo domingo, as rádios MEC AM e Nacional do Rio, Brasília e Amazônia transmitem o programa especial Leonel Brizola, um brasileiro, em comemoração aos 90 anos de nascimento do ex-governador Brizola, único político brasileiro a governar dois estados através do voto direto: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
O documento traz depoimentos de alguns dos correligionários mais próximos ao ex-governador como o ex-senador e ex-prefeito do Rio, Saturnino Braga; o ex-deputado Aloísio de Oliveira; e Martha Alencar, ex-secretária de comunicação do governo Brizola e de Fernando Brito, assessor de imprensa e ex-porta-voz do governador.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Gleisi aposta todas as suas fichas em Fruet

“Com todo o respeito que temos aos pré-candidatos do PT, eu acredito que o caminho em Curitiba é a aliança. Se unirmos forças, poderemos fazer um grande debate na cidade, oferecer uma alternativa e vencer a eleição”. A aliança desejada por Gleisi e seu grupo, que controla cerca de 80% do PT no Paraná, é pública e notória. É com a candidatura de Gustavo Fruet, do PT.

Esta é a opinião da ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil, que a coluna de Aroldo Murá ouviu em entrevista exclusiva

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

IBGE adapta cálculo da inflação a estilo de vida do brasileiro e faz com que previsão do índice seja menor para 2012

A partir deste ano, o chope, o bacalhau, o chuchu e a máquina de costura não pesam mais na inflação. O órgão do governo responsável pelo cálculo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), retirou da conta esses e mais 48 itens. Por outro lado, acrescentou 32, como o salmão, o morango, o chuveiro elétrico e o telefone com internet.
As mudanças no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – divulgado mensalmente pelo IBGE e referência para as metas de inflação estipuladas pelo governo – foram promovidas para adequar o cálculo aos hábitos de consumo dos brasileiros. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009, muita coisa mudou desde 2006, quando o IPCA foi atualizado pela última vez.
A revisão do cálculo passou a vigorar na última quarta-feira (11) para adequar a importância de alguns produtos e serviços na fórmula, mas as alterações já haviam sido anunciadas pelo IBGE no ano passado. Com o anúncio, antes mesmo que o IPCA passasse a ser calculado pela nova fórmula, instituições financeiras reduziram as projeções da inflação para 2012, como o Banco Itaú, que reajustou a previsão de 5,75% para 5,25%, e a consultora Sul América Investimentos, que cortou de 5,3% para 5%.
Entre 2008 e 2009, segundo a POF – que serviu de base para as alterações –, o brasileiro passou a consumir mais salmão, DVDs e celulares com internet, por exemplo. Em função disso, eletroeletrônicos e energia elétrica estão entre os itens que ganharam mais importância no cálculo, assim como os gastos com veículos próprios, que ficaram mais baratos nos últimos anos.
"Há dez anos, ninguém usava internet. Boa parcela da população não viaja de avião, não tinha uma despesa tão elevada com automóveis e celular. A sociedade mudou. Por isso, a revisão", destacou o economista-chefe da Sul América, Newton Rosa. Segundo ele, a diminuição de pesos de alguns itens, como alimentos, foi a principal responsável pela revisão da projeção para 2012.
Por outro lado, perdeu importância, na cesta do consumidor, gastos com transporte público, alimentos e bebidas, recreação e empregados domésticos. Educação também perdeu peso no novo cálculo do IPCA, o que gerou polêmica diante da alta de preços do setor de serviços e da maior entrada de jovens, principalmente, em universidades privadas no país.
O economista-chefe da agência de risco Austin Ratings, Alex Agostini, ressalta que, em relação aos empregados, a perda de importância não significa que o serviço ficou mais barato. Pelo contrário, em função da menor disponibilidade de mão de obra e a consequente alta dos salários, o brasileiro está abrindo mão do serviço. "Está caro sim. Aí, gastamos menos", afirmou Agostini.
Desde a criação do IPCA em 1979, o índice foi atualizado cinco vezes. Há 20 anos, entravam na conta os preços de máquinas de escrever, videocassete, disco, fita cassete e de enceradeiras. Esses itens foram retirados do cálculo do indicador, que, a partir de agora, também vai incorporar as despesas dos brasileiros com chuveiro elétrico, fralda descartável e TV por assinatura com internet.
Com base no novo cálculo de 365 itens, o IBGE deve divulgar, no dia 10 de fevereiro, o IPCA da inflação de janeiro deste ano. A meta do governo para 2012 é que o índice fique abaixo de 5%, menor que o de 2011. No ano passado, o IPCA ficou em 6,5%, o mais alto desde 2004 e acima da meta estabelecida de 4,5%, mas ainda no máximo previsto que é de dois pontos percentuais acima.
Fonte: portal PDT

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Fruet lança página na internet para queixas e sugestões da população


O pré-candidato a prefeito e ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) lançou uma nova página na internet (www.raioxcuritiba.com.br) que pretende recolher reclamações e sugestões da população registrando as mesmas em um mapa. Os registros poderão ser feitos através de texto, foto ou até mesmo vídeos.
Um buraco no asfalto, a falta de calçadas, problemas com iluminação, consumo de drogas, vandalismo, lixo acumulado, propostas para construção de escolas, creches ou postos de saúde são apenas alguns exemplos. O objetivo é conhecer desafios, demandas e sonhos da população.
Segundo Fruet, o “Raio-X Curitiba” é uma evolução do serviço telefônico 156, que foi criado pelo seu pai, Maurício Fruet, quando prefeito de Curitiba (1983-1985). “As indicações da população serão uma espécie de radiografia da cidade e ajudarão na definição das prioridades do plano de governo que será apresentado para disputa da Prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro”, explica. “É nesse modelo participativo que apostamos para solucionar os problemas mais urgentes da cidade. A internet é uma ferramenta poderosa, que precisa ser melhor explorada. O próprio Instituto Curitiba de informática tem condições de aperfeiçoar esta ferramenta e usá-la como canal de comunicação direto com os moradores”, afirma.

O pré-candidato propõe ainda a instalação de uma rede wireless para disponibilizar internet grátis em toda a cidade. Ele lembra que algumas cidades de pequeno e médio porte do Brasil já contam com o serviço e cita como exemplo Londres, na Inglaterra, que será sede dos Jogos Olímpicos de 2012 e anunciou na semana passada a implantação da maior rede de internet grátis da Europa. “Curitiba está se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2014. Precisamos seguir o exemplo de Londres. O projeto pode ser viabilizado pela Prefeitura através de parcerias com instituições de ensino, empresas privadas e de capital misto, como Copel e Instituto Curitiba de Informática”, explica. “Além disso, a internet permite que a população possa acompanhar e ter acesso aos serviços prestados pela Prefeitura. É uma forma dos administradores prestarem contas e serem cobrados”, diz ele.
(fonte home page PDT)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Carlos Lupi assume o PDT


O ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi reassumiu em 9 de janeiro, a presidência nacional do PDT, depois de uma reunião com a executiva do partido. Ele foi reeleito em convenção feita no ano passado, mas estava licenciado desde 2008, quando foi indicado para o Ministério do Trabalho.
De acordo com Lupi, entre as prioridades do partido com relação às eleições municipais que ocorrem no segundo semestre deste ano está a de apoiar a possível reeleição de Eduardo Paes à prefeitura do Rio de Janeiro. “É nossa prioridade mais forte, embora ainda não tenhamos a deliberação oficial do partido”.
Sobre sua saída do ministério no final de 2011, Lupi reiterou que a relação do partido com o governo não foi afetada.
”Nada nos abala nessa excelente relação. Porque nós acreditamos nos projetos apresentados pela presidenta Dilma. São projetos generosos para o povo brasileiro que estão gerando empregos, renda e combatendo a miséria, e que também estão fazendo o Brasil ser respeitado no mundo inteiro. Então, continuaremos apoiando independentemente de qualquer fato que tenha ocorrido, independente de qualquer função porque acreditamos no projeto”, disse Lupi.
O mandato de Lupi vai até março de 2013. Ele não quis dizer se tentará a reeleição. Segundo Lupi, o assunto será discutido e definido em convenção nacional, que ocorre no próximo dia 30, em Brasília.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PDT e as eleições 2012 no Paraná


Carlos Lupi vai retomar o comando do PDT nesta semana com a missão de conduzir as alianças do partido para a eleição municipal de outubro. Embora tenha como prioridade as parcerias com partidos do governo, a cúpula pedetista não terá restrições na composição das coligações. Do DEM ao PTB, do PSDB ao PT, tudo será permitido.
Um cacique pedetista afirma que a meta do partido é sair das urnas de outubro com 400 prefeitos. Hoje, os pedetistas governam em 320 cidades e duas capitais: Macapá e Porto Alegre. 
(fonte Fabio Campana)

sábado, 7 de janeiro de 2012

“É importante discutir o metrô antes que seja lançado o edital”, diz Gustavo Fruet


Embora ainda faltem nove meses para a eleição, o ex-tucano Gustavo Fruet (PDT) parece já estar em clima de campanha. Pré-candidato à prefeitura de Curitiba, vive com a cabeça em 2012 desde o ano passado, quando começou a tentar se viabilizar como candidato. Como não encontrou espaço no PSDB – que deixou clara a opção pela candidatura à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB) – saiu do partido e se filiou ao PDT.
Agora, o ex-deputado, que era referência de oposição ao governo Lula, vive uma aproximação com o PT. A ala majoritária do partido já indicou a intenção de apoiar Fruet, que luta para que essa aliança seja confirmada. Apesar da contradição, o ex-tucano acredita que essa situação não terá tanto peso para os curitibanos. “A eleição local tem outra característica. Ela é muito mais para discutir o futuro da mobilidade, da segurança, da saúde, que para debater questões que dominam a pauta no Congresso”, diz o ex-deputado.
O senhor estava no PSDB e agora está no PDT, podendo ter o apoio do PT. Não é uma contradição?
Quando tomei essa decisão, deixei claro que estava recomeçando. É importante lembrar que eu fui vetado de assumir a presidência do diretório municipal do PSDB. Fui vetado pelo presidente da Câmara, João Cláudio Derosso. E houve um silêncio constrangedor das lideranças do partido. Evidente que não nego nenhuma postura e tenho uma expectativa imensa sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à denúncia do mensalão. Mas a coligação será em cima de pontos de convergência. Nunca desqualifiquei o PT como instituição, nunca generalizei.
O senhor tem medo de perder parte do seu eleitorado devido a essa aproximação com o PT?
Em política a gente tem de ter a capacidade de assumir posições com argumentos. O que não pode ser é uma relação fisiológica. Quem vai fazer esse julgamento é a população, mas em cima de princípios, de um diálogo e de muitos mais pontos de convergência. Com argumento, há uma compreensão. Evidente que a população vai marcar muito mais sua capacidade de indicar os caminhos para o futuro da cidade do que propriamente um debate ideológico e partidário. A eleição local tem outra característica. Ela é muito mais para discutir o futuro da mobilidade, da segurança, da saúde, que para debater questões que dominam a pauta no Congresso.
O senhor estaria disposto a ampliar as ciclofaixas?
Ampliar o máximo possível.
Qual a opinião do senhor sobre o projeto do metrô de Curitiba?
O importante agora é discutir o modelo econômico, financeiro e jurídico. Saber o preço da tarifa, quem vai pagar, qual o subsídio. Qual será a contraprestação do concessionário para operar o sistema. E o modelo jurídico é para saber se a concessão para o consórcio que vai implantar o sistema será a mesma concessão para o consórcio que irá operar o sistema. É importante abrir esse diálogo antes que seja lançado o edital.
Há muitas críticas ao projeto. Qual a sua opinião?
As críticas são procedentes, mas é sobre algo quase que inevitável. Os recursos [federais e do BNDES] são para esse projeto.
Como melhorar o transporte público?
É preciso haver mais canaletas. Pensar num novo modal não significa excluir os demais. Também não tem sentido Curitiba ainda não ter um sistema integrado de mobilidade. Não ter uma central de controle do sistema de transporte. Nós não conseguimos ainda sincronizar os ônibus com a sinalização. E são necessários investimentos físicos, com o desalinhamento [das canaletas] para a ultrapassagem segura [dos ônibus].
Qual sua opinião sobre o pedágio urbano para Curitiba?
Não é o caso.
O que mais irrita no trânsito?
A demora.
Quais metas sociais o senhor gostaria de atender?
É inacreditável que ainda haja em Curitiba algumas regiões com tamanho grau de miserabilidade. Claro que não podemos esperar que a cidade tenha só classe média e que transfira seus problemas para a região metropolitana. Mas penso em uma cidade equilibrada, com todos os níveis sociais tendo uma condição mínima.
Um lugar favorito em Curitiba.
O prédio da Universidade Federal.
Quem é o curitibano?
Mais da metade dos moradores, atualmente, não nasceu aqui. Isso oxigenou aquele curitibano tradicional, que tem muito orgulho da cidade, que valoriza muito as suas questões. Hoje ele não chega a exacerbar a sua autoestima, mas nem chega ao ponto crítico do Dalton Trevisan.
O curitibano é fechado ou tímido?
A alma do curitibano é aberta, muito receptiva.
Do que mais gosta na cidade?
Gosto dos pontos tradicionais, o Largo da Ordem no domingo, ir à Confeitaria América tomar gengibirra, a Confeitaria das Famílias, um cafezinho na Boca Maldita.
Do que menos gosta?
A cidade passou a ter problemas que antes não marcavam Curitiba. A violência é um deles; a questão da mobilidade também.
Tem algo que o sr. viu em outra cidade que adaptaria a Curitiba?
A tendência de países ricos são cidades médias. No Brasil ainda estamos na contramão, num processo acentuado de crescimento nas regiões metropolitanas. É preciso ter uma desconcentração da cidade.
Costuma andar de ônibus?
Tenho feito uso com frequência como forma de manter contato com as pessoas de diferentes setores, de 3 a 4 dias por semana.
Quando a cidade é mais bonita?
Gosto deste período de férias em que a cidade fica mais tranquila.
Alguma lembrança de uma Curitiba que não existe mais?
Não é que não existe mais, mas tenho lembrança da minha infância, de ir ao Passeio Público com meu pai, ao velho Bar Pasquale, de ser mascote no jogo do Coritiba. Lembro de passear com meus avós aos domingos na Praça 29 de Março. Com minha avó materna, Olivia, ia à Sorveteria do Gaúcho, ao centro da cidade.
Onde o senhor estudou?
A maior parte no Santa Maria.
Algum local que pouca gente conhece que o se nhor recomendaria a um amigo?
A Lagoa Azul, uma área de areal no Umbará. A cidade também preserva em algumas regiões características muito legais. No Campo de Santana, tem uma área de 15 alqueires rodeada por conjuntos habitacionais, com um sujeito criando galinha, carneiro, porcos e vaca leiteira.
Frequenta alguma feira?
Muitas. Vou muito ao Mercado Municipal e no sábado à Feira do Victor, atrás do Coritiba. Sempre ganho um pastel de graça, de queijo ou de palmito. E domingo vou à Praça 29 de Março.
Tem uma praça favorita?
A que mais me marcou na infância foi o Passeio Público. Na época não tinha o Zoológico [do Boqueirão]. Tudo [os animais] se concentrava lá. Então, para acalmar [os filhos] em casa, o meu pai e a minha mãe convidavam a gente para ir ao Passeio.
Costuma caminhar por Curitiba?
Caminho pelo Alto da XV. Quando eu morava na casa da minha mãe, era ali no Rebouças.
Algum personagem atual de Curitiba que o senhor destaca?
Há figuras em diferentes áreas. Na política, como prefeito, Jaime Lerner; na literatura, o [Cristovão] Tezza; no esporte também tem tanta gente promovendo a cidade. Também há pessoas anônimas que são importantes em suas comunidades. Por exemplo, o Chico Pereira lá no Campo do Santana. Em Santa Felicidade, a dona Flora Madalosso. Na imprensa, o [Luiz Geraldo] Mazza, com um tom crítico e experiência.
E histórico?
Na política, o Bento Munhoz da Rocha.
Como o senhor se define?
Autodefinição é sempre complicado. Como defeito, talvez, me dedicar demais à política. Mas com o tempo, isso veio com um choque de realismo. Entender que a política convive com os extremos, com o que há de pior e de melhor. Quem consegue administrar isso tem vida longa. Por outro lado, determinação. Vê isso como projeto de vida. Faço isso com paixão, paixão lúcida, e gosto disso, me dediquei a isso.
(fonte Gazeta do Povo)